as cores vivi a tarde esquecendo o tempo
a tarde é pouca e raros os amores
pensei a tarde como um corpo inteiro e estive tardemente
em toda vida cheguei depois do tempo e descobri
que não seria mais no tempo que me coube
não seria e não fui e tão suavemente que nem soube
que a passagem espreita um só momento e quando
cadente estrela desabamos já a cinza é tudo e nada
e somos o vazio o esplêndido vazio que entende a tarde
Lilia
3 comentários:
Ai que belo, que solto, que rio fluindo nessa tarde, mana! Adorei.
Aqui, noite caindo à toa e eu me deliciando com seus poemas.
Bom saber que está por perto.
bjs
LB
Com sua delicadeza, você atravessa a tarde, os dias, e vai ficando em cada pessoa que lê seus poemas.
Beijo,
Verinha.
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