Le temps déborde.
Mon amour si léger prend le poids d'un supplice.
(Paul Eluard)
o sonho tem o peso de um suplício
o tempo transfigura amores
e pesa mil dores de mães e filhos únicos
de outras dolorosas mães amantes filhas filhos
o amor pesa e transborda em sua foz
ao longe não se mistura ao sal
do mar
das lágrimas
desanda pela cruz
demain encore eu desperdiço o tempo
nos papéis lençóis sem pauta em silêncio
desenho soluções nos chãos da casa
na leveza das caixas
resvalam
e deságuam nas lâmpadas apagadas
revejo sorrisos inteiros madrugadas
insone ritual sem peso ontem ainda
era o meu tempo
era o meu rosto
o meu rio as cruzes minhas
o suplício leve...
Lilia
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