enquanto choram as mãos doídas
postas em prece e pranto
nova vida é anunciada em arco e íris
e os olhos sorrindo subsistem ao tempo
de entender tua presença
- mãe -
para sempre em nós
Lilia
... pelo dia 19, seis anos já passaram..
Amar é este azul sem nome, esta distância lado a lado, o lume de um olhar, a cor, o vento, um fado...
Azul sem nome
longo destino sob a noite nas pedras de ninguém
quando o rio destoa das vertentes do céu
profundo sob o peso rasgado da chuva
mesmo a certeza desaba além dos homens
longa e lenta a história inscrita nessas mãos
mais vivas do que a luz no impulso do fim
mais ocas do que as trevas à procura do azul
Lilia
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
duas luas
são duas luas sem violoncelo
sem o resplendor dos anjos
ou dos desesperados
apenas mais uma em noite de vidro
silente de músicos
duas luas místicas
- pálpebras sem mistério ou verdade
mas do sorvo dessas luas
nasceu o poema
sem documento ou fonte
apenas a luz sonâmbula da vida
sem o resplendor dos anjos
ou dos desesperados
apenas mais uma em noite de vidro
silente de músicos
duas luas místicas
- pálpebras sem mistério ou verdade
mas do sorvo dessas luas
nasceu o poema
sem documento ou fonte
apenas a luz sonâmbula da vida
silêncio
o silêncio da palavra é mais linguagem
força invisível de falso vazio
voz de pensamento
ideia
rebeldia
sangue a preceder o corpo
o silêncio é o reverso do corpo
a afirmação de ser
o olhar ante a imagem
destino e fonte do real
rede entre almas
sigilo
saudade
...
a palavra em silêncio é mais linguagem
força invisível de falso vazio
voz de pensamento
ideia
rebeldia
sangue a preceder o corpo
o silêncio é o reverso do corpo
a afirmação de ser
o olhar ante a imagem
destino e fonte do real
rede entre almas
sigilo
saudade
...
a palavra em silêncio é mais linguagem
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