Azul sem nome


longo destino sob a noite nas pedras de ninguém
quando o rio destoa das vertentes do céu
profundo sob o peso rasgado da chuva

mesmo a certeza desaba além dos homens

longa e lenta a história inscrita nessas mãos
mais vivas do que a luz no impulso do fim
mais ocas do que as trevas à procura do azul

Lilia

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

silêncio

o silêncio da palavra é mais linguagem
força invisível de falso vazio
voz de pensamento
ideia
rebeldia
sangue a preceder o corpo
o silêncio é o reverso do corpo
a afirmação de ser
o olhar ante a imagem
destino e fonte do real
rede entre almas
sigilo
saudade
...
a palavra em silêncio é mais linguagem

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