para não dizer a desistência do amanhã
releio as vozes de ontem rasgo momentos
choro em remoinho verdades esquecidas
descabelam-se os fios dos meus anos
no verso de prata madrugados
quando as luzes adormecem ante a aurora
que parte do meu texto é descabida - vida minha
de olhos desatentos - que agora? que depois?
Lilia