Azul sem nome


longo destino sob a noite nas pedras de ninguém
quando o rio destoa das vertentes do céu
profundo sob o peso rasgado da chuva

mesmo a certeza desaba além dos homens

longa e lenta a história inscrita nessas mãos
mais vivas do que a luz no impulso do fim
mais ocas do que as trevas à procura do azul

Lilia

terça-feira, 12 de outubro de 2010

a cor da aurora

era para ser de mim inteira
a fagulha extrema
e toda a via futura no início de nada

foi apenas a límpida escolha
recém-nascida transparência do amor

de longe ao sul eram todos os sonhos

agora uma face de pedra
esconde a cor da aurora
que não sei voltará a surgir

Lilia

Um comentário:

Vera disse...

A aurora sempre sorrirá para você.
;-)

Beijo.