à luz destas
mãos
destinada
ontem
à ternura de olhos
sem luz
Amar é este azul sem nome, esta distância lado a lado, o lume de um olhar, a cor, o vento, um fado...
Azul sem nome
longo destino sob a noite nas pedras de ninguém
quando o rio destoa das vertentes do céu
profundo sob o peso rasgado da chuva
mesmo a certeza desaba além dos homens
longa e lenta a história inscrita nessas mãos
mais vivas do que a luz no impulso do fim
mais ocas do que as trevas à procura do azul
Lilia
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
REVOADA DE VERSOS VÁRIOS TEMPOS
não existe pássaro algum
mas ouço o gemido de um ninho
a espera
[para] além do passado
consegue
tocar um horizonte antigo
mas ouço o gemido de um ninho
a espera
[para] além do passado
consegue
tocar um horizonte antigo
passarinho
meu cansaço no escuro traça a silhueta de um suí -
contra a casa e a casuarina
oferta de bananas e mamões -
simples
este
presente...
contra a casa e a casuarina
oferta de bananas e mamões -
simples
este
presente...
Deve a vida estender a compreensão
até a mais leve espuma da última onda na areia
quando a vaga esperança
absorvida desaparece na praia
como entender o gesto seco
a ardência
o desacato
vazante a lágrima
as ondas descaem incrédulas
recolhem-se ao horizonte de antes
no avesso do presságio
(antes de antes)
até a mais leve espuma da última onda na areia
quando a vaga esperança
absorvida desaparece na praia
como entender o gesto seco
a ardência
o desacato
vazante a lágrima
as ondas descaem incrédulas
recolhem-se ao horizonte de antes
no avesso do presságio
(antes de antes)
o som da tristeza
... mas o som da tristeza escapa ao destino reverbera no poema a estranha sorte e violenta rompe o verso a vida a voz em súplica de silêncio e névoa...(não cravar uma data, um momento...) quando? onde?
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