Azul sem nome


longo destino sob a noite nas pedras de ninguém
quando o rio destoa das vertentes do céu
profundo sob o peso rasgado da chuva

mesmo a certeza desaba além dos homens

longa e lenta a história inscrita nessas mãos
mais vivas do que a luz no impulso do fim
mais ocas do que as trevas à procura do azul

Lilia

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Deve a vida estender a compreensão
até a mais leve espuma da última onda na areia
quando a vaga esperança
absorvida desaparece na praia

como entender o gesto seco
a ardência
o desacato

vazante a lágrima
as ondas descaem incrédulas
recolhem-se ao horizonte de antes
no avesso do presságio

(antes de antes)

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