Azul sem nome


longo destino sob a noite nas pedras de ninguém
quando o rio destoa das vertentes do céu
profundo sob o peso rasgado da chuva

mesmo a certeza desaba além dos homens

longa e lenta a história inscrita nessas mãos
mais vivas do que a luz no impulso do fim
mais ocas do que as trevas à procura do azul

Lilia

terça-feira, 15 de junho de 2010

quando a voz é silêncio

o silêncio de mim
na densidade de teu corpo
tem o gosto eterno
das tormentas
- quando a voz é silêncio

silêncio meu de mãos
na correnteza feroz
com que me inventas
e me afogas - indelével -
nos olhos cerrados

(beija o meu beijo
nas faias dos meus versos)

Lilia
(parece ser dos meus poemas antigos...)

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