na sombra do meu verso dorme um amor inacabado
sem remates sem retoques
nas surpresas suspensas
dorme
como um desejo sem tempo um grito em silêncio ausente
apenso à vida
– de tanto silêncio corrompi poemas
versos rarefeitos cerrados gázeos que não vi
que perfume não senti? quando minhas mãos onde
– lembro?
(desfizeram-se)
dorme
– de silêncio e sombra há um canto no poema
teu
(sem fim será a linha que traçamos sem nós
Lilia
Nenhum comentário:
Postar um comentário