Azul sem nome


longo destino sob a noite nas pedras de ninguém
quando o rio destoa das vertentes do céu
profundo sob o peso rasgado da chuva

mesmo a certeza desaba além dos homens

longa e lenta a história inscrita nessas mãos
mais vivas do que a luz no impulso do fim
mais ocas do que as trevas à procura do azul

Lilia

domingo, 30 de outubro de 2011

máscara

há uma tarde inteira
em meu abraço
e muitos destinos desatados

o vento desistiria se eu cantasse

ah, que galope desvairado
tem o lento disfarçar
do meu sorriso?

Lilia

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