Azul sem nome


longo destino sob a noite nas pedras de ninguém
quando o rio destoa das vertentes do céu
profundo sob o peso rasgado da chuva

mesmo a certeza desaba além dos homens

longa e lenta a história inscrita nessas mãos
mais vivas do que a luz no impulso do fim
mais ocas do que as trevas à procura do azul

Lilia

domingo, 25 de setembro de 2011

passado

um cavalo desespera em crina de vento
nas vivas formas de esquivo sonho

(no invisível da aurora destemido
era promessa)

enfim descabelado em crepúsculo
de lágrima faz seu movimento
traça ao longe o rastro sem luz

mas na íris da visão opressa
ofusca ainda o seu fulgor perdido

Lilia

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