Azul sem nome


longo destino sob a noite nas pedras de ninguém
quando o rio destoa das vertentes do céu
profundo sob o peso rasgado da chuva

mesmo a certeza desaba além dos homens

longa e lenta a história inscrita nessas mãos
mais vivas do que a luz no impulso do fim
mais ocas do que as trevas à procura do azul

Lilia

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

afago


quanto amor existe no afago da frase
a ti leitor ao teu olhar no tato da palavra
de que cuidado ressoam os desejos
da escrita em teus desejos inventados
e que desvelos ao sopro do texto
apagam as sombras remotas dos sentidos
desenhadas desejadas pelos dedos
ao digitarem ágeis nas vertentes líquidas
versos verbos e corpos ardentes de leitura


Lilia


Deserto

A vida é um deserto... a poesia, areia.
Meu ânimo desabou pelas dunas -
histórias de todos, minha história em ondas.
a que grãos será que o sonho se destina?

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